Da Presidência do CMIS/Roma,
Aos membros dos Institutos Seculares,
desejo que você seja testemunha do amor no mundo e
da generosidade de Deus. Na unidade de gratidão e oração.
Jolanta
Szpilarewic
Reflexão:
Vida Consagrada Secular
e a festa da Apresentação de Jesus no
Templo, 02 de Fevereiro de 2018
“Ao recordar as origens, há que evidenciar mais um componente
do projeto de vida consagrada. Os Fundadores e as Fundadoras viviam fascinados
pela unidade dos Doze ao redor de Jesus, pela comunhão que caracterizava a
primeira comunidade de Jerusalém. Cada um deles, ao dar vida à sua comunidade,
pretendeu reproduzir tais modelos evangélicos, formar um só coração e uma só
alma, gozar da presença do Senhor (cf. Perfectae caritatis, 15).
Por isso, sede mulheres e homens de comunhão, marcai
presença com coragem onde há disparidades e tensões, e sede sinal credível da
presença do Espírito que infunde nos corações a paixão por todos serem um só (cf. Jo 17, 21). Vivei a mística do encontro: a
capacidade de ouvir atentamente as outras pessoas; a capacidade de procurar
juntos a esperança, o futuro. Conhecemos as dificuldades que enfrenta a vida
consagrada nas suas diversas formas, mas o fruto da fé no Senhor da história
que continua a repetir-nos: «Não tenhas
medo (…), pois Eu estou contigo» (Jr 1, 8).
A esperança de que falamos não se funda sobre números ou
sobre as obras, mas sobre aquele em quem pusemos a nossa confiança (cf. 2 Tm 1, 12) e para quem «nada é impossível» (Lc 1, 37). Esta é a esperança que não desilude
e que permitirá à vida consagrada continuar a escrever uma grande história no
futuro, para o qual se deve voltar o nosso olhar, cientes de que é para ele que
nos impele o Espírito Santo a fim de continuar a fazer, conosco, grandes coisas
Não cedais à tentação dos números e da eficiência, e menos
ainda à tentação de confiar nas vossas próprias forças. Com atenta vigilância,
perscrutai os horizontes da vossa vida e do momento atual. Repito-vos com Bento
XVI: «Não vos unais aos profetas de
desventura, que proclamam o fim ou a insensatez da vida consagrada na Igreja
dos nossos dias; pelo contrário, revesti-vos de Jesus Cristo e muni-vos das
armas da luz como exorta São Paulo (cf. Rm 13, 11-14) –, permanecendo acordados e
vigilantes» Prossigamos, retomando sempre o nosso caminho com confiança no Senhor.”
(períocope Papa Francisco)
NOSSA SENHORA DA LUZ
A origem da devoção à Senhora da Luz
tem os seus começos na festa da apresentação do Menino Jesus no Templo e da
purificação de Nossa Senhora, quarenta dias após o nascimento de Cristo (sendo
celebrada, portanto, no dia 2 de Fevereiro). De acordo com a lei mosaica, as
parturientes, após darem à luz, ficavam impuras, devendo inibir-se de visitar o
Templo de Jerusalém até quarenta dias após o parto; nessa
data, deviam apresentar-se diante do sumo-sacerdote a fim de apresentar o seu
sacrifício (um cordeiro e duas pombas ou duas rolas) e, assim, purificar-se.
Desta forma, São
José e a Santíssima Virgem Maria apresentaram-se diante de Simeão para cumprir
o seu dever. Este, depois de lhes ter revelado maravilhas acerca do filho que
ali lhe traziam, teria-lhes proferido a Profecia de Simeão: «Agora, Senhor, deixa partir o vosso servo
em paz, conforme a Vossa Palavra. Pois os meus olhos viram a Vossa salvação que
preparastes diante dos olhos das nações: Luz para aclarar os gentios e glória
de Israel, vosso povo» (Lucas 2:29-33).
Com base na
festa da apresentação de Jesus/purificação da Virgem, nasceu a festa de Nossa
Senhora da Purificação; do cântico de São Simeão (conhecido pelas suas
primeiras palavras em latim: o Nunc dimittis), que promete que Jesus será a luz
que irá aclarar os gentios, nasce o culto em torno de Nossa Senhora da Luz/das
Candeias/da Candelária, cujas festas eram, geralmente, celebradas com uma
procissão de velas, a relembrar o fato.
Nossa Senhora da
Luz é o titulo de veneração à Nossa Senhora que Padre Brisson concedeu aos
Oblatos de São Francisco de Sales. Por isso, os Oblatos, Salesianos e
Salesianas, celebram com especial carinho esta festa.
Nossa Senhora da Candelária
(Ilhas Canárias)
Andor com a
imagem da Virgem da Candelária,
santa padroeira das Ilhas Canárias (Tenerife)
A Virgem da Candelária ou Luz
teria aparecido em uma praia na ilha de Tenerife,
nas Ilhas
Canárias,
na Espanha, em 1400. Os nativos guanches da
ilha teriam ficado com medo e tentado atacá-la, mas suas mãos teriam ficado
paralisadas. A imagem teria sido guardada em uma caverna, onde, séculos mais
tarde, foi construído o Templo e Basílica Real da Candelária (em Candelária). Mais tarde, a devoção se
espalhou pela América. É santa padroeira das Ilhas Canárias, sob o nome de Nossa Senhora
da Candelária.
Invocação e expansão do culto
Nossa Senhora da Luz era tradicionalmente invocada pelos cegos
(como afirma o Padre
António Vieira no
seu "Sermão do Nascimento da Mãe de Deus": "Perguntai aos
cegos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora
da Luz [...]"), e tornou-se particularmente cultuada em Portugal a partir do início
do século XV; segundo a tradição, deve-se
a um português, Pedro Martins, muito devoto de Nossa Senhora, que teria
descoberto uma imagem da Mãe de Deus por entre uma estranha luz, no sítio
de Carnide, no termo de Lisboa. Aí, se fundou, de imediato,
um convento
e igreja a ela dedicada, que conheceu grande incremento devido à ação mecenática da
infanta D.
Maria de Portugal, Duquesa de Viseu, filha do rei D. Manuel I e sua terceira esposa, D. Leonor de Habsburgo.
A partir daí, a devoção à Senhora da Luz cresceu e, com a
expansão do Império
Português, também
se dilatou pelas regiões colonizadas, com especial destaque para o Brasil, onde
é a santa padroeira da cidade de Curitiba,
capital do Paraná (veja-se a lenda de Nossa Senhora da Luz), Santo Amaro/Bahia, Guarabira/Paraíba, Candelária/Rio Grande do Sul, Pinheiro Machado/Rio Grande do Sul, Itu/São Paulo, Indaiatuba/São Paulo e Corumbá/Mato Grosso do Sul. Em Juazeiro do Norte, no Ceará,
em Matriz da Luz/São Lourenço de Mata/PE, onde se encontra umas das igrejas
mais antigas do Brasil (1540), ocorre, todos os anos, uma grande romaria em sua
homenagem.
Nossa Senhora dos Navegantes é
mais um título dado a Maria, Mãe de Jesus.
Nossa
Senhora dos Navegantes é também conhecida pelo nome de Nossa Senhora das
Candeias, Nossa Senhora da Boa Viagem; Nossa Senhora da Boa Esperança e Nossa
Senhora da Esperança.
A fé e a designação Nossa Senhora dos Navegantes têm início no
século XV, com a navegação dos europeus, especialmente os portugueses. As
pessoas que viajavam pelo mar pediam proteção à Nossa Senhora para
retornarem aos seus lares. Maria era vista como protetora das tempestades e
demais perigos que o mar e os rios ofereciam.
A primeira
estátua foi trazida de Portugal junto com os navegadores. Pedro
Álvares Cabral trazia em sua nau capitânia uma imagem de Nossa
Senhora, sendo esta imagem levada até a Índia, onde uma capela em sua homenagem
foi erguida e ali ficou até o século XVII sob a guarda de franciscanos e
sob mantença de descendentes de Cabral. Atualmente, a imagem está na Igreja da
Sagrada Família, em Belmonte, Portugal.
A
fé em Nossa Senhora
dos Navegantes chegou ao Brasil através dos navegadores portugueses e espanhóis.
Em Porto Alegre, cidade de colonização açoriana, Nossa Senhora dos
Navegantes foi declarada a padroeira da cidade. Todos os anos é realizada em Porto Alegre uma
procissão fluvial no Rio Guaíba. A festa é realizada todo dia 2 de
fevereiro.
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