Livro
da Filoteia - 9° passo.
Após um longa reflexão pela via
do exame de consciência, São Francisco de Sales propõe cinco considerações para caminhar cultivando os bons propósitos, no progresso
da espiritualidade: “Empreguemos bem o tempo de Deus a fim de que ele nos dê
sua eternidade.” sfs
Primeira Consideração: “a grandeza da alma” - a sua capacidade
e liberdade de amar e buscar viver o que eleva ao infinito, ou também não
enterrar os talentos e dar as costas à missão do reino, que Deus nos criou com
amor eterno. “Deus não quer que ele ache repouso
em parte alguma, como a pomba que saiu da arca de Noé, para que volte a seu
Deus de quem se tem afastado.”
Segunda Consideração: o Sabor no viver das virtudes, que trazem uma realização em
sua prática da caridade. O contraponto é a cólera e tristeza e o sabor disso é
a amargura. “Ó vida devota,
quão bela és tu e quão suave e
agradável, suaviza as aflições e aumentas a suavidade das consolações”.
A alegria interior é o resultado de
uma profunda sintonia da criatura com seu Criador. É uma alegria que mesmo nas dificuldades
permanece e nos dá paz e confiança no futuro. Como dizia Paulo: “Nos gloriamos [inclusive] nas
tribulações sabendo que a esperança em Deus não é defraudada”. (Rom. 5, 3)
Terceira Consideração: O exemplo
da vida dos Santos - “Amaram
devotamente Deus com perfeição -
e com força de espírito
desprezaram as coisas do mundo [...] Abraçaram
sem reserva as suas resoluções e as mantiveram sem exceção [...] Os Santos eram
o que nós somos, faziam tudo pelo mesmo
Deus e trabalharam por adquirir as mesmas virtudes”.(SFS)
Quarta Consideração: O amor de Jesus Cristo - O segredo da ação
de Jesus é criar as disposições interiores adequadas para Ele poder atuar. E o segredo das disposições interiores são
algumas pequenas escolhas que faço. “Ó santas resoluções, quão preciosas sois,
sendo o fruto da paixão de Nosso Senhor!” (SFS)
Quinta Consideração: “Considera o amor eterno
que Deus tem tido por nós. Antes da encarnação e da morte da Jesus Cristo a Majestade divina te amava infinitamente
e te predestinava para seu amor. [...] Ó Deus, quão preciosas devem ser essas
resoluções que desde toda eternidade a divina Sabedoria e bondade tinha em
vista!
“Olhai as aves do céu:
não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros;
contudo, o Pai celestial as alimenta.
Não têm vocês muito mais valor do que elas?
(Mateus 6,26 )
São louváveis as resoluções, “como uma árvore de vida que Deus plantou no meio do nosso
coração, e que nosso Senhor veio regar com seu sangue, para que produza frutos” . (pg 442) A santidade
depende de nós, é questão de perseverança, de humildade e de confiança absoluta
em Deus. E o uso frequente dos sacramentos, as boas obras, o cuidado de
reconhecer as faltas e corrigi-las. Pede a Deus que te renove
interiormente e te conserve assim pelo poder de seu espirito. Essa prática possibilita
o crescimento na amizade com Deus.
Até a próxima.
Iria
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