sábado, 1 de agosto de 2020

Propor-se ao mistério


Reflexões do Livro: Filoteia 
"Quando rezamos falamos com Deus, quando lemos é Deus que nos fala.” - S. Jerônimo  
"São Francisco de Sales tinha um dom sublime de encaminhar as almas à perfeição, era este, sobretudo seu dote particular. Neste livro precioso encontra-se a consolação que alivia tantos corações dilacerados e o conselho que encaminha tantas consciências".(Pe. Huguet S. M. - 1946)
Meditar a Palavra - ou a vida e acontecimentos de Jesus
 Uma meditação, uma oração mental, também é representação que consiste com pensamentos da fé e um olhar de espírito. Por exemplo: meditar sobre a crucificação de Jesus, ver as circunstâncias que o evangelista descreve; lugar, ações, palavras, pessoas, objetos, a grandeza de Deus, a excelência das virtudes.
 “Sejam praticantes da palavra e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos. Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência. Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu, mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer.” (São Tiago 1:22-25)
“Há muitas definições da oração. A mais frequente é a chamada colóquio, conversação, entretenimento com Deus.  Ao conversarmos com alguém, não somente falamos, mas também escutamos. A oração por conseguinte é também uma escuta. Ela consiste em pôr-se à escuta da voz interior da graça”. (São João Paulo II)
“... A meditação é capaz de levar a nossa vontade a Deus e de afeiçoá-la a coisas divinas. Esta é a diferença entre a meditação e o estudo; porque o fim do estudo é a ciência, e a meditação é o Amor de Deus e a pratica das virtudes.” (Filoteia - Parte II, cap V) Uma viva meditação suscita na vontade inúmeras moções boas e santas; de amar a Deus e ao próximo, o zelo pela salvação das almas, o ardor de imitar Jesus Cristo.  E mais, SFS diz: “Entretanto, Filoteia, não te deves restringir só a afetos, sem que faças resoluções para aperfeiçoamento de tuas ações... e aí tens um verdadeiro meio para corrigir as  faltas e pecados”.
Terminar a meditação com profunda humildade e confiança.  Um agradecimento a Deus por ser misericordioso e a experiência do seu amor. E a inspiração dos bons propósitos. E assim, pedir a graça de cumpri-los com zelo. Oferecer orações pelos irmãos, por intercessão de Nossa Senhora, mãe de Deus e da santa igreja.
 É bom levar em conta as distrações, combatê-las na oração. Santo Agostinho se refere a três desatenções: a Palavra, o sentido, a presença. Às vezes nem prestamos atenção nas palavras; se nem nas palavras prestamos atenção (que é o primeiro nível), então estamos numa distração total.  Se conseguimos pensar no que se fala ou medita, é bom; mas aí tem o segundo nível: o de não dar o verdadeiro sentido às palavras (valor que significa...). Existe ainda o terceiro nível, o da presença - a presença de Deus, com a qual estamos dialogando ou meditando, é a pessoa de Jesus Cristo, ter consciência disso.
Bom preparo para oração que vais meditar! E, seguimos em frente, sempre em busca do crescimento e amadurecimento espiritual, nunca regredir na fé.
 Na próxima tem o 6º passo e o ramalhete espiritual.
Iria


Nenhum comentário:

Postar um comentário