Reflexões do Livro: Filoteia
"Quando rezamos falamos com Deus, quando lemos é
Deus que nos fala.” - S. Jerônimo
"São
Francisco de Sales tinha um dom sublime de encaminhar as almas à perfeição, era
este, sobretudo seu dote particular. Neste livro precioso encontra-se a
consolação que alivia tantos corações dilacerados e o conselho que encaminha
tantas consciências".(Pe. Huguet S. M. - 1946)
Meditar a Palavra - ou a vida e
acontecimentos de Jesus
Uma meditação,
uma oração mental, também é representação que consiste com pensamentos da fé e um
olhar de espírito. Por exemplo: meditar sobre a crucificação de Jesus, ver as
circunstâncias que o evangelista descreve; lugar, ações, palavras, pessoas, objetos,
a grandeza de Deus, a excelência das virtudes.
“Sejam praticantes da palavra e não apenas
ouvintes, enganando-se a si mesmos. Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em
prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho e, depois de
olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência. Mas o homem que
observa atentamente a lei perfeita que traz a liberdade, e persevera na prática
dessa lei, não esquecendo o que ouviu, mas praticando-o, será feliz naquilo que
fizer.” (São Tiago 1:22-25)
“Há muitas
definições da oração. A mais frequente é a chamada colóquio, conversação,
entretenimento com Deus. Ao conversarmos
com alguém, não somente falamos, mas também escutamos. A oração por conseguinte
é também uma escuta. Ela consiste em pôr-se à escuta da voz interior da graça”.
(São João Paulo II)
“... A
meditação é capaz de levar a nossa vontade a Deus e de afeiçoá-la a coisas
divinas. Esta é a diferença entre a meditação e o estudo; porque o fim do
estudo é a ciência, e a meditação é o Amor de Deus e a pratica das virtudes.” (Filoteia
- Parte II, cap V) Uma viva meditação suscita na vontade inúmeras moções boas e santas; de
amar a Deus e ao próximo, o zelo pela salvação das almas, o ardor de imitar
Jesus Cristo. E mais, SFS diz: “Entretanto,
Filoteia, não te deves restringir só a afetos, sem que faças resoluções para
aperfeiçoamento de tuas ações... e aí tens um verdadeiro meio para corrigir
as faltas e pecados”.
Terminar
a meditação com profunda humildade e confiança. Um agradecimento a Deus por ser misericordioso
e a experiência do seu amor. E a inspiração dos bons propósitos. E assim, pedir
a graça de cumpri-los com zelo. Oferecer orações pelos irmãos, por intercessão de
Nossa Senhora, mãe de Deus e da santa igreja.
É bom
levar em conta as distrações, combatê-las na oração. Santo Agostinho se refere a
três desatenções: a Palavra, o sentido,
a presença. Às vezes nem prestamos atenção nas palavras; se nem nas
palavras prestamos atenção (que é o primeiro nível), então estamos numa
distração total. Se conseguimos pensar no
que se fala ou medita, é bom; mas aí tem o segundo nível: o de não dar o
verdadeiro sentido às palavras (valor que significa...). Existe ainda o
terceiro nível, o da presença - a presença de Deus, com a qual estamos dialogando
ou meditando, é a pessoa de Jesus Cristo, ter consciência disso.
Bom
preparo para oração que vais meditar! E, seguimos em frente, sempre em busca do
crescimento e amadurecimento espiritual, nunca regredir na fé.
Na próxima tem o 6º passo e o ramalhete
espiritual.
Iria
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